O Irã é um estado patrocinador do terrorismo notoriamente reconhecido por coordenar ataques contra seus inimigos e alvos estratégicos. Mas tal como aqueles moleques que tocam a campainha e correm para não levarem um pito, o regime dos aiatolás sempre esconde na primeira esquina possível para nunca levar a culpa de seus malfeitos. Garotos apenas infernizam a vizinhança. O Irã é uma poderosa máquina de exportação de instabilidade.
Uma lista de atentados terroristas tem as digitais do Irã. Mas operadores militares xiitas se valem de proxies para ocultar a participação do regime. Foi assim na Argentina em 1994, quando explodiram a se da Associação Mutual Israelita (Amia) e provavelmente em 2015, quando o procurador federal Alberto Nisman foi morto em uma operação extremamente bem montada para fazer parecer que ele havia cometido suicídio.
Em 2011, o Irã usou o Hezbollah para contratar traficantes mexicanos para explodir um carro bomba em Washington, D.C., com o objetivo de matar o então embaixador saudita na capital americana. O atentado só foi frustrado porque havia um infiltrado da DEA no Cartel Los Zetas, quer era quem deveria fazer o serviço pelo Irã e impedir que a teocracia levasse a culpa. Os Zetas explodiriam a bomba em frente a um famoso ponto de encontro de diplomatas na capital americana, o que ampliaria de maneira significativa os suspeitos.
Os Estados Unidos são, ao lado de Israel, o alvo mais desejado da teocracia. O Grande Satã – termo cunhado pelo aiatolá Ruhollah Khomeini para se referir à América – tem que ser destruído na concepção do regime.
Há um ano, o Irã vem prometido vingança aos Estados Unidos por causa da morte do general Qasem Soleimani em um bombardeiro americano.
Mas de acordo do o histórico de ações, se for cumprir a promessa, o Irã não partirá para um ataque frontal ou uma retaliação direta. O iranianos se valerão de brechas para colocar em prática suas ações terroristas sem que possam ser formalmente acusados, mas esforçando-se para que todos saibam ou pelo menos suspeitem deles.
A falta de provas definitivas é o escudo que usam para angariar apoio na comunidade internacional como proteção a uma retaliação contra a qual eles não capazes de responder.
As tensões políticas nos Estados Unidos estão abrindo fraturas perigosas que podem sex exploradas pelo regime. O Irã precisa de caos, operadores locais e alguém para colocar a culpa. O risco crescente de terrorismo doméstico é uma plataforma poderosa para Teerã, que vive de colocar a culpa de seus atos em terceiros.
A imagem de um Estados Unidos dividido e enfraquecido já é explorada não só pelo Irã, mas por outros estados criminalizados como a Venezuela. Os próximos meses obrigarão as autoridades americanas a ficarem ainda mais atentas. O risco do oportunismo iraniano deve ser considerado como uma ameaça real à segurança.